Escritor, jornalista e presidente da Academia Brasileira de Letras por 34 anos, nascido em Caruaru, Pernambuco. Com seus artigos em jornais e revistas, tornou-se uma das vozes mais influentes da democracia nacional, sempre pronto a brandir seu ideário liberal contra as opressões, as ditaduras e toda forma de cerceamento das liberdades individuais e de imprensa. Como repórter, Austregésilo cobriu o julgamento do gangster Al Capone, em 1931. Em 1948, integrou a comissão das Nações Unidas que redigiu a Declaração Universal dos Direitos do Homem. Fez a revisão final do documento, juntamente com o jurista e filósofo francês Rene Cassin, e atribui-se a ele a inclusão do nome de Deus no texto, contrariando o desejo da delegação soviética.
Filho de desembargador, Belarmino Maria Austregésilo de Athayde estudou em seminário na adolescência e, aos 18 anos, tornou-se crítico literário do Correio da Manhã. Foi exilado ao posicionar-se contra o regime na Revolução de 30 e apoiou o golpe militar em 1964. Como escritor, deixou uma obra curta e inexpressiva, não se considerava grande profissional nessa área e tinha predileção pelo jornalismo, mantendo uma coluna no Jornal do Commercio, do Rio de Janeiro. Foi também diretor dos Diários Associados e escreveu artigos diários no Diário de Pernambuco, Correio Braziliense e Estado de Minas, entre outros. Entrou para a Academia já em 1951 e chegou a boicotar a candidatura de Juscelino Kubitschek em troca de um terreno no qual encontra-se hoje o novo prédio da instituição, no centro do Rio de Janeiro. Ali chegava, invariavelmente às 15 horas e saía às 18 horas, revelando empenho e dedicação à instituição que o acolheu.
Em 1977, declarou: "Somos um clube de homens há 80 anos. Todas as entidades deste tipo, que permitiram a entrada de mulheres, desapareceram". Dois dias depois, os acadêmicos elegiam a escritora Rachel de Queiroz para a vaga deixada por Cândido Mota Filho. As portas da Academia se abriam para um membro do sexo feminino compartilhar do chá com iguarias das quintas-feiras e seu presidente aceitava-a, resignado. Athayde possuía uma casa ampla, num dos bairros mais valorizados do Rio, além de duas ilhas na baía de Sepetiba. Homem de sorte, em 1924, ganhou o grande prêmio da Loteria Federal, no valor de 100 contos de réis, "o que era uma fortuna e me possibilitou ter uma certa tranquilidade financeira, ser um homem rico", afirmaria ele. Amante do esporte, nadava muito e fazia 50 flexões abdominais por dia até poucos anos antes de sua morte. Ferrenho inimigo do fumo e da bebida, comia duas maçãs assadas por dia, além de carne grelhada e legumes. Sua biografia foi lançada em 1998, Athayde - O Século de um Liberal, a partir de farto material reunido pela esposa, Maria José, e reunido em livro por sua filha, Laura Constância A.A. Sandroni e o marido, o jornalista Cicero Sandroni. Austregésilo de Athayde faleceu aos 94 anos, em 13 de setembro de 1993.
Filho de desembargador, Belarmino Maria Austregésilo de Athayde estudou em seminário na adolescência e, aos 18 anos, tornou-se crítico literário do Correio da Manhã. Foi exilado ao posicionar-se contra o regime na Revolução de 30 e apoiou o golpe militar em 1964. Como escritor, deixou uma obra curta e inexpressiva, não se considerava grande profissional nessa área e tinha predileção pelo jornalismo, mantendo uma coluna no Jornal do Commercio, do Rio de Janeiro. Foi também diretor dos Diários Associados e escreveu artigos diários no Diário de Pernambuco, Correio Braziliense e Estado de Minas, entre outros. Entrou para a Academia já em 1951 e chegou a boicotar a candidatura de Juscelino Kubitschek em troca de um terreno no qual encontra-se hoje o novo prédio da instituição, no centro do Rio de Janeiro. Ali chegava, invariavelmente às 15 horas e saía às 18 horas, revelando empenho e dedicação à instituição que o acolheu.
Em 1977, declarou: "Somos um clube de homens há 80 anos. Todas as entidades deste tipo, que permitiram a entrada de mulheres, desapareceram". Dois dias depois, os acadêmicos elegiam a escritora Rachel de Queiroz para a vaga deixada por Cândido Mota Filho. As portas da Academia se abriam para um membro do sexo feminino compartilhar do chá com iguarias das quintas-feiras e seu presidente aceitava-a, resignado. Athayde possuía uma casa ampla, num dos bairros mais valorizados do Rio, além de duas ilhas na baía de Sepetiba. Homem de sorte, em 1924, ganhou o grande prêmio da Loteria Federal, no valor de 100 contos de réis, "o que era uma fortuna e me possibilitou ter uma certa tranquilidade financeira, ser um homem rico", afirmaria ele. Amante do esporte, nadava muito e fazia 50 flexões abdominais por dia até poucos anos antes de sua morte. Ferrenho inimigo do fumo e da bebida, comia duas maçãs assadas por dia, além de carne grelhada e legumes. Sua biografia foi lançada em 1998, Athayde - O Século de um Liberal, a partir de farto material reunido pela esposa, Maria José, e reunido em livro por sua filha, Laura Constância A.A. Sandroni e o marido, o jornalista Cicero Sandroni. Austregésilo de Athayde faleceu aos 94 anos, em 13 de setembro de 1993.