Michelangelo Antonioni

sexta-feira, 29 de maio de 2009


Michelangelo Antonioni nasceu em 1912, em Ferrara (norte da Itália), cidade como ele diz: “onde todos estão terrivelmente fechados”. Essa situação ele transpôs para seus filmes: “minhas experiências transmitirão a minha mensagem, se sou sincero. Ser sincero implica fazer uma obra um pouco autobiográfica”. Documentarista, assistente de Rossellini e Federico Fellini, seu primeiro sucesso foi à trilogia em preto e branco A Aventura (1959); A Noite (1960); e O Eclipse (1961), fortemente marcada pela presença feminina, com as atrizes Jeanne Moreau e Monica Vitti. “Amo primeiro e principalmente a mulher. Talvez porque a compreenda bem. Cresci entre as mulheres e no ambiente delas.” Antonioni se refere às mulheres da burguesia, no sentido social, que é o meio onde nasceu. Mas faz essas mulheres se moverem em um ambiente “de tons cinzentos, de céus baixos”, paisagem onde se desenrola “o nosso drama... a incomunicabilidade que nos isola uns dos outros”. Seus filmes posteriores, coloridos, mostram um Antonioni hábil e inventivo, manipulador dos recursos técnicos, mas ainda fiel à sua temática: Blow Up – Depois Daquele Beijo (1966) com David Hemmings e Vanessa Redgrave; Zabriskie Point (1969) com Mark Frechette, Rod Taylor e Daria Halprin; Passageiro: Profissão Repórter (1975) com Jack Nicholson e Maria Schneider.
 
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